Ontem à noite fiquei abismado com um vendedor de lotaria. Descobri que vender lotaria pode ser, mais que um ofício, uma arte que ultrapassa a habitual necessidade monetária de quem apregoa mas, adicionalmente, lhe aplica um humor mordaz.
São conhecidos, em Lisboa, sujeitos invisuais, velhotes, aleijados que percorrem as linhas do metro com a súplica habitual: "tenha a bondade de me auxiliar (..)"
Este original vendedor de lotaria, depois de fumar um cigarro bem dentro da estação de metro, cantava assim:
"Quem quer dinheiro?"
"Já para amanhã, dinheiro certo,"
"Cinquenta mil Euros"
"Quem quer dinheiro"
"Dou dinheiro a quem quiser."
Eu quis dinheiro, mas hoje descobri que fui enganado...
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